10ª Oficina de Atualização em Diabetes Mellitus

Neuropatia Diabética é o tema da 10ª Oficina de Atualização em Diabetes Mellitus. O evento acontecerá no dia 20 de julho, das 8h às 13h, no Hotel Excelsior, em Copacabana e é uma atividade organizada pela ASSEP. As inscrições podem ser feitas através do email: assep.iede@gmail.com.

Confira a Programação Completa:

8h – WelcomeCoffee

8h – Abertura

8h20 até 9h20 – Mesa Redonda: Fisiopatologia e Classificação da Neuropatia Diabética

  • Fisiopatologia das Complicações Microvasculares do DM – Dr. Ricardo Martins (UFF)
  • Classificação das Neuropatias no Paciente com Diabetes Mellitus – Dr. Roberto Zagury (HFL)

9h30 – Oficina I – Diagnóstico da Polineuropatia Periférica

  • Dra. Fabiana Saldanha (HFB) / Dra. Joana Dantas (UFRJ)

10h – Oficina II – Exame Vascular do Paciente com Diabetes Mellitus

  • Dr. Fernando Faria / Dra. Ana Carolina Nader (HFSE)

10h – Coffee Break

11h  – Oficina III – Diagnóstico da Neuropatia Autonômica Cardiovascular

  • Dra. Lucianne Tannus (UERJ)

11h30 – 12h30 – Mesa Redonda: Tratamento da Neuropatia Diabética

  • Conceitos Básicos sobre Dor neuropática – Dra. Lucia Henrique Alves da Silva (IEDE)
  • Tratamento da Neuropatia Diabética – Discussão de Caso – Dr. Rodrigo O. Moreira (IEDE)

13h –  Almoço de Confraternização dos Residentes e Pós-Graduandos em Endocrinologia do Rio de Janeiro

Sessão Clínica: Transplante Simultâneo de Rim

Na sessão clínica sobre transplante simultâneo rim – pâncreas, discutimos o caso de uma paciente de 35 anos, hipertensa e dislipidêmica, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) desde os 12 anos e má adesão ao tratamento proposto desde o diagnóstico. Aos 29 anos, evoluiu com síndrome nefrótica e piora progressiva da função renal, com indicação de hemodiálise aos 34 anos de idade. Além da nefropatia diabética confirmada por biópsia renal, foram documentadas outras complicações microvasculares como retinopatia e neuropatia diabética.

Em janeiro de 2019, foi submetida a transplante rim pâncreas simultâneo, apresentando normalização da glicemia de jejum e da hemoglobina glicada (Hba1c), sem necessidade de uso de insulina após o transplante (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Evolução histórica laboratorial – Linha vermelha pontilhada marca o momento do transplante simultâneo pâncreas- rim

Dentre as três modalidades de transplante pancreático, ou seja, transplante de pâncreas isolado, transplante de pâncreas após transplante de rim e transplante de pâncreas rim simultâneo, o último se mostrou o tratamento ideal para pacientes com DM1 e taxa de filtração glomerular menor que 20 mL/min, devido a maior taxa de sobrevida dos enxertos. Quando ocorre sucesso do transplante, definido por normalização da Hba1c e da glicemia de jejum e independência da terapia com insulina exógena, observa-se que os efeitos no metabolismo glicídico e lipídico se mantém pelo menos até 5 anos pós transplante. Além disso, há evidências na literatura sugerindo benefício após o transplante em complicações microvasculares do diabetes. A contrapartida, porém, são os riscos da imunossupressão crônica e complicações perioperatórias, que pressupõe, sempre, uma avaliação cuidadosa e individualizada dos riscos e benefícios para os pacientes candidatos.

O transplante rim pâncreas simultâneo, dessa forma, deve ser considerado como uma opção terapêutica em pacientes com diabetes mellitus (DM) em fase pré-diálise ou dialítica. Para auxiliar no raciocínio das possíveis condutas nestes casos, montamos o fluxograma abaixo (Fluxograma 1). Vale atentar que caso o paciente tenha indicação de diálise e não haja disponível transplante simultâneo rim–pâncreas no momento, o paciente deve ser submetido primeiramente ao transplante de rim, e posteriormente, quando disponível, ao transplante de pâncreas, a fim de reduzir a mortalidade elevada do paciente com DM em hemodiálise.

Fluxograma 1 

Visto o benefício do transplante de órgãos, torna-se indispensável o papel do médico como propagador da vida, incentivando a adesão ao programa de doação de órgãos e trazendo a responsabilidade para a sociedade como um todo, tornando o cidadão um instrumento ativo, para que continuemos a admirar a arte da vida.

Referências:

EKSER, B. et al. Impact of duration of diabetes on outcome following pâncreas transplantation. Internacional Journal of Surgery (2015) 21-27

Angelika C. Pancreas Transplantation for Patients with Type 1 and Type 2 Diabetes Mellitus in the United States: A Registry Report. Gastroenterol Clin N Am 47 (2018) 417-441

LEHMANN, R. Glycemic Control in Simultaneous Islet-Kidney Versus Pancreas- Kidney Transplantation in Type 1 Diabetes. Diabetes care. 2015

The Diabetes Control And Complications Trial / Epidemiology of Diabetes Interventions and Complications Study at 30 years: Overview. Diabetes care. 2014.

Transição de Gênero: Esse caminho pode ter volta?

O complexo processo de transição de gênero requer avaliação e supervisão constante de equipe multiprofissional. Mesmo assim, quando surgem desafios como o arrependimento da transição surgem muitas dúvidas.

Este será o assunto da próxima sessão clínica sobre Disforia de Gênero. A atividade contará com a participação de membros da equipe multiprofissional do ambulatório e os residentes Daniel Sant’Anna e Fernanda Pescador.

  • Sessão clínica: 06/06/2019
  • Local: Auditório Arnaldo de Moraes-dentro da direção do IG.
Assep

Novos Alunos do IEDE

A diretoria da ASSEP realizou uma recepção de boas vindas para receber os novos alunos do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), no final de março deste ano. De acordo com a presidente Dra. Cynthia Valério, a atividade já é uma tradição da associação.